sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Autopiedade


Quando a gente acha que está ruim, basta olhar para o lado. Ser solidário a dor do outro é um exercício para curar as próprias feridas. Essa semana eu fiquei cheia de autopiedade, sofrendo com motivos (e muitos!), mas cheia de pena de mim mesma! 


Foi então que, agora à tarde, uma amiga postou no facebook, novamente, um pedido de ajuda para um menina. Ela tem leucemia e precisa da doação de plaquetas. A menina em questão tem uns 3 aninhos e é sobrinha de uma amiga minha. (não consegui descobrir a idade certa no blog, mas vou perguntar a Ju)

Fiquei pensando, se eu acho que sou nova e não vivi nada, e essa criança, um anjinho?!

Obrigada, Marinão, por me lembrar que já vivi bastante e que continuo viva. Por isso, vou sair mais alegre para aproveitar meu fim de semana. E não estarei triste pela pequena Luísa, porque sei que Deus, que tem ao seu lado os anjos, está ao lado dela e de sua família.

Bem, segue abaixo o link do blog da Lulu, agradeço a quem puder ajudar nas doações de plaquetas!



Local para doação: Hematologistas Associados, Rua Conde de Irajá, 183 de 8 às 16 horas durante a semana e de 8 às 12 horas aos sábados. Tel: 2537-7440. Informar que é para a paciente Luísa Burigo de Sá. O site disponibiliza os critérios para se tornar um doador.
www.hematologistas.com.br


segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Amazonas palpáveis

No fim de semana, eu estava lendo o livro "De amor tecida", o relato de Licia Olivieri sobre sua batalha contra o câncer de mama. Em um dado momento do livro, a autora faz uma comparação entre mulheres com câncer de mama e as Amazonas, guerreiras da lenda grega, que amputavam os seios para manejar melhor o arco e as flechas, e enfrentavam, destemidas, os mais valentes soldados. 

Achei a comparação bem interessante, então fiz uma colagem de textos que encontrei na internet sobre a lenda:



As Amazonas eram guerreiras, donas de armas, cavalos e com uma estrutura social própria. Foram imortalizadas na maioria das lendas por sua coragem de luta quando enfrentavam os homens que tentavam submetê-las. Independentes, viviam em ilhas ou perto do mar e frequentemente recebiam visitas de aventureiros. Algumas engravidavam deles, mas ficavam somente com as filhas. Os filhos eram entregues ao pai.

Segundo a etimologia popular grega, a palavra Αμαζών, Amazôn, significaria "sem seio" (a-, "sem" + mazos,"seio"). As Amazonas mutilavam o seio direito para que manejassem melhor o arco e outras armas. Sacrificavam sua feminilidade para combater na luta pela independência e para fortalecer a deusa Ártemis de Éfeso.  Apesar disso, as amazonas geralmente aparecem com ambos os seios em toda a iconografia antiga, que freqüentemente também as representa vestidas à maneira dos citas.

O mito das Amazonas simbolizam as mulheres que ao longo do tempo lutam para derrubar preconceitos, não se rendendo à submissão e à violência masculina; que não aceitam o tradicional papel doméstico imposto à figura feminina e mais do que em todos os tempos, estão enganjadas contra a violência doméstica. 


As mulheres do mundo atual não guerreiam com armas e, quando mutilam os seios, é por causa da luta contra o câncer, defendendo a própria vida. São as guerreiras que não se entregam e resistem, enfrentando o mal do século.


obs: E, para quem não acredita em coincidências, também segundo a lenda grega, as Amazonas eram da Capadócia (atualmente, Turquia), na Ásia Menor. Salve Jorge! ;)

Textos retirados dos sguintes links:
http://pt.fantasia.wikia.com/wiki/Amazonas
http://eventosmitologiagrega.blogspot.com.br/2011/06/amazonas-as-mulheres-guerreiras.html

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Petição para aprovação do Pertuzumab

Queridos, estou enviando o texto do link abaixo, que se refere a uma petição apelando ao governo a liberação de um medicamento extremamente importante para pacientes com câncer de mama metástico. Quem ainda não assinou, por favor, ao menos entre no link para ver (e assine se concordar!!!). É muito rápido e pode ajudar muitas pessoas! (O link diz que precisamos de 2000 assinaturas, mas acho pouco! Podemos ser muitos mais!)



"Por que isto é importante

O tratamento com Pertuzumab, quando combinado com quimioterapia e Herceptin, tem melhores resultados e doentes em fase avançada de câncer de mama comparativamente à outras terapias e é a esperança do aumento de sobrevida com qualidade de milhares de brasileiras com câncer de mama metástico por sobre-exposição ao HER2 que já passaram por todas as linhas de tratamento existentes."

"Nossas compatriotas brasileiras portadoras do câncer de mama metástico por sobreexposição ao HER2, que já receberam todas as linhas de tratamento quimioterápico existentes, têm direito à uma sobrevida maior e com qualidade, por meio do acesso ao medicamento Pertuzumab, que encontra-se em processo de liberação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Considerando que estudos clínicos já foram concluídos demonstrando a eficácia do Pertuzumab, solicitamos a ANVISA que não prolongue o drama de nossas conpatriotas vítimas daquela doença. As brasileiras tem o mesmo direito a usufruir do novo medicamento como européias e norte-americanas. ANVISA, Não prolongue o drama de nossas compatriotas que precisam do Peruzumab. Libere já!"

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Tratamento duro de roer

Sabe o que acho mais difícil do tratamento de câncer? É você ter que se voluntariar para o sofrimento tendo a consciência de que isso é para o seu melhor.

Quando alguém quebra uma perna ou tem um crise renal, vai ao médico para se tratar e tem de imediato o alívio do sofrimento. A causa e a consequência seguem uma lógica dentro de um sistema compensatório. "Estou sofrendo, procuro o médico, alcanço a cura."

No tratamento de câncer de mama não! Você está aparentemente bem, porque o câncer de mama raramente gera algum desconforto. Depois de operada, sem o tumor, parece que está tudo certo. Não está. Mas seu corpo tem aspecto saudável, vigoroso. É então que o indivíduo começa uma romaria de horrores, perda de cabelo, queimadura, enjôos, vômito, prisão de ventre, fraqueza, mal estar... A lista é interminável.

Se manter lúcida, aceitar o tratamento e não se revoltar contra a ciência, que ainda sabe tão pouco sobre a essa doença é vital, mas, às vezes, é quase impossível!

Agora, terminei o tratamento que estava previsto e estou fazendo avaliação para ver se está tudo bem ou se será preciso continuar com a químio. Espero que esteja tudo ok, porque já estou louca pra voltar a vida normal. Se é que isso é possível...