Arrumei um novo amiguinho de quimioterapia. Há algum tempo nós nos encontramos no hospital em dia de sessões e consultas, mas, só depois de passarmos hooooooras conversando a espera do resultado do exame de sangue na última 2ª feira, acabamos descobrindo uma certa afinidade. Ele é muito bom de papo, inteligente e bem humorado.
Hoje estávamos fazendo quimio juntos e ele construiu uma relação linguística que achei bem interessante. "O humor é o contraponto do tumor", disse. "Só com muito humor para combater o tumor." Continuou. E, como professor de português, chamou atenção para o fato de conseguirmos elaborar essa reflexão semântica trocando um único fonema.
Dá-se o nome de fonema ao menor elemento sonoro capaz de estabelecer uma distinção de significado entre as palavras. Observe, nos exemplos a seguir, os fonemas que marcam a distinção entre os pares de palavras: amor - ator / morro - corro / vento - cento
Cada segmento sonoro se refere a um dado da língua portuguesa que está em sua memória: a imagem acústica que você, como falante de português, guarda de cada um deles. É essa imagem acústica, esse referencial de padrão sonoro, que constitui o fonema. Os fonemas formam os significantes dos signos linguísticos. (http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono1.php)
Assim acontece com tumor - humor. Mas, segundo meu novo amigo, nesse caso não devemos trabalhar no campo da diferença dos significados, mas da suas semelhanças, ou melhor, da necessidade de relação entre elas. O câncer está em nosso imaginário como algo muito negativo, que nem mesmo deve ser pronunciado "aquela doença". Trabalhar o (bom) humor e autoestima com certeza é vital para o processo de cura e/ou qualidade de vida do paciente.
----
Essa questão do humor me fez lembrar de um outro post que escrevi (Cancerland, por Kaylin Andres) sobre o blog de uma americana que tem "cancer is not funny" no endereço e "cancer is hilarious" no cabeçalho. Um pouco de humor ácido é sempre bom kkkkk Adoro kkkkkkk
Assim acontece com tumor - humor. Mas, segundo meu novo amigo, nesse caso não devemos trabalhar no campo da diferença dos significados, mas da suas semelhanças, ou melhor, da necessidade de relação entre elas. O câncer está em nosso imaginário como algo muito negativo, que nem mesmo deve ser pronunciado "aquela doença". Trabalhar o (bom) humor e autoestima com certeza é vital para o processo de cura e/ou qualidade de vida do paciente.
----
Essa questão do humor me fez lembrar de um outro post que escrevi (Cancerland, por Kaylin Andres) sobre o blog de uma americana que tem "cancer is not funny" no endereço e "cancer is hilarious" no cabeçalho. Um pouco de humor ácido é sempre bom kkkkk Adoro kkkkkkk
Cris,
ResponderExcluirTer humor quando se tem sáude é muito fácil. Mantê-lo qdo se passa por sessões de "químio"é ser uma pessoa especial que acredita na vida e principalmente na própria cura. Admiro vc por isso e creia, é esse o segredo! Torço por vc e peço à Deus que lhe dê forças,coragem e é lógico, "humor sempre". Bjs Linda
Lindinha, saudades... Olha, realmente manter o bom humor em sofrimento, seja qual for a dor ou tratamento, é muito difícil e ando experimentando isso nos últimos tempos. Não sou melhor que ninguém, andei num péeeeessimo humor. Mas decide que não vou mais perder tempo, se eu estiver conseguindo levar a vida, jogo o mau humor pro lado e vamos nessa... (O problema é qd não estou conseguindo kkkkkk) bjjjjjssss
Excluir